A imaginação é o que nos move, nos impulsiona. É o princípio e fundamento de toda atividade de criação. A imaginação provoca a abertura para um novo campo de possibilidades que podem ou não ser efetuadas. A potência da arte como materialização da imaginação é afirmação da vida em sua capacidade de desviar, abrir frestas, recriar o mundo, mostrar os avessos, resistir e inventar.
As crianças conhecem bem essas forças. Através do livre brincar, experimentam o mundo, elaboram as experiências vividas, formulam hipóteses, se expressam, investigam, testam possibilidades, criam enredos, transformam a realidade.
Esta proposta é um convite à brincadeira, formulado pelo marujo Vicente e sua mãe Diana Kolker, curadora pedagógica do Museu Bispo do Rosario Arte Contemporânea. Com inspiração no Grande Veleiro de Arthur Bispo do Rosario, vamos nos deixar conduzir pela navegação das crianças! Elas serão as capitães desta embarcação.
Levantar âncoras! Içar velas! Boa Aventura!
As dicas de navegação foram formuladas por um marujo de 5 anos, chamado Vicente:
- Você pode usar sua cama ou colchão para transformar em barco;
- As velas podem ser de lençóis. Minha mãe prendeu com pregador de roupa.
- Eu gostei de levar meus bonecos, bichos de pelúcia e alguns jogos, como jogo da velha e rouba monte.
- Eu também queria levar comida e água pra beber.
- Fiz uma bússola, levamos um mapa e o globo terrestre.
- A nossa missão era encontrar uma sereia e tirar uma foto dela. Ela virou nossa amiga, Helena Sofia.
- Cuidado com os perigos. Enfrentamos tubarões, baleias e ondas gigantes.
- Você pode fazer binóculos com dois rolos de papel higiênico vazios, colados com fita. Eu desenhei no meu.
- No Grande Veleiro não podia usar celular.
- Minha mãe levou o diário de bordo. Eu desenhei e ela escreveu.
- Ficamos à deriva depois da tempestade, mas achamos um tesouro.
- Eu gostei de dormir no Grande Veleiro.