Sobre o mBrac

Sobre o mBrac

O Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea está situado no Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira, centro de saúde mental conhecido como “Colônia”. Localizado na Taquara, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O museu é responsável pela preservação, conservação e difusão da obra de Arthur Bispo do Rosario – um dos expoentes da arte contemporânea, de reconhecimento nacional e internacional.
Além disso, o museu desenvolve suas ações através de 3 eixos fundamentais: Acervo, Exposições e o Polo Experimental. Nas suas quatro galerias, no prédio sede da Colônia, e no Polo Experimental – espaço dedicado às atividades de educação, o mBrac apresenta mostras e exposições, e oferece uma série de programas educativos voltados para todas as idades, gratuitamente. A programação do mBrac tem como cerne a oferta de exposições de arte contemporânea, que têm como referência a obra de Arthur Bispo do Rosario.

No roteiro de visitas do mBrac, no Circuito Cultural Colônia, está incluído o Centro Histórico Rodrigues Caldas, remanescente das terras de engenho do século XVII, as dependências do Pavilhão 10 do Núcleo Ulisses Vianna, onde Bispo do Rosário viveu, ocupando um conjunto de celas que serviu como seu ateliê e ao Polo Experimental de Convivência Educação e Cultura.
Responsável por preservar e difundir a memória da Colônia Juliano Moreira, o Museu conta com um importante acervo documental, disponível para o acesso à pesquisadores e historiadores.

Cronologia

  • 1952

    Primeiro registro

    O primeiro registro de uma organização de natureza museal na Colônia remonta ao ano de 1952, quando é criado um departamento para abrigar a produção artística dos ateliês de arteterapia, então, existentes. O recém-criado setor recebeu o nome de Egaz Muniz, homenageando o médico português criador da lobotomia, cirurgia irreversível que “acalmava” pacientes agressivos, deixando-os em estado semivegetativo.

  • anos 80

    Avanços da reforma psiquiátrica

    No final dos anos 80, com os avanços da reforma psiquiátrica, o museu passa a se chamar Nise da Silveira, psiquiatra que introduziu um novo olhar para o cuidado dos doentes mentais reformulando a maneira de compreender a loucura dando voz ao universo interior dos pacientes.

  • 1989

    morte de Arthur Bispo do Rosário

    Com a morte de Arthur Bispo do Rosário em 1989, a Colônia Juliano Moreira se vê diante do desafio de decidir o destino das obras produzidas por ele durante os 49 anos que esteve internado intermitentemente. O conjunto da sua criação foi abrigado pelo então Museu Nise da Silveira. Frente à nova missão, em 2000, 11 anos após o falecimento de Bispo, a instituição altera o seu nome para Museu Bispo do Rosario, agora, homenageando o principal artista de seu acervo.

  • 2002

    Arte e loucura

    Em 2002, com as questões da reforma psiquiátrica já consolidadas, o então Museu Bispo do Rosário agrega “Arte Contemporânea” à sua denominação, voltando-se para os debates em torno da arte atual, criando assim um diálogo entre os mundos da arte e da loucura.

  • 2013

    Atuação social

    Desde 2013, o mBrac ampliou o seu espectro de atuação social na Colônia, incorporando a memória como diretriz fundamental no desenvolvimento de seus projetos e atividades e, com isso, iniciou a construção de mecanismos de preservação dos temas que tocam a memória do local e o próprio museu; e que desdobram-se, por sua vez, na história da cidade, das práticas da psiquiatria, da arte e da loucura e suas relações.

  • Trajetória

    Homenagem

    A trajetória de alterações do nome da instituição acompanha as perspectivas do avanço no cuidado em saúde mental. Se, na sua origem, há um privilégio em homenagear o médico que inventou o método de silenciar os pacientes, num segundo momento, passa a homenagear a psiquiatra que percebeu que, por trás da loucura havia um conteúdo a ser revelado, para finalmente dar voz ao artista louco que em sua missão ressignifica o próprio mundo.

  • Atual

    Dispositivo cultural

    Hoje, o Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea toma para si o desafio de se relacionar com seu entorno e se apresentar como um dispositivo cultural potente para a Zona Oeste e para a integração da cidade. A partir do trabalho de Bispo e de seu contexto de criação, a instituição promove o debate para as questões referentes à saúde mental e à arte contemporânea.

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