Episódio 3 – Prédios

TÍTULO: “O REFÚGIO NOS PRÉDIOS DA COLÔNIA”

LOCAL: PRÉDIOS
REALIZADORES: CLARA DE SOUZA GREGÓRIO, ERIK LUIZ GOMES DE AZEVEDO, THAUANY DE OLIVEIRA, REBECA BARBOSA NOGUEIRA E RAYKA COSTA MAIA TURMA 1601

Era uma vez uma menina chamada Melany, que morava na Barra da Tijuca com seu pai Felipe. Quando ela tinha 15 anos, acabou indo morar com sua mãe, depois que seu pai foi preso por praticar golpes financeiros contra outras pessoas.

Sua mãe tinha acabado de conseguir um apartamento em um conjunto de prédios que tinham acabado de ser construídos na Colônia Juliano Moreira. Um mês depois dessa mudança, a mãe de Melany chegou com a notícia de que tinha acabado de matriculá-la em uma escola ali na região. A menina ficou animada, pois vivia sozinha e não tinha nenhum amigo.

No primeiro dia de aula, ela viu um menino muito bonito e que parecia ser muito gentil, mas não teve coragem de falar com ele, então tentou fazer outras amizades. Ela tentava se sentar perto das pessoas ou puxar assunto, mas todo mundo ignorava ela e, depois de um tempo, começaram a implicar e zoar com a menina chamando ela de golpista. Então, ela reparou que os alunos da escola descobriram que seu pai foi preso por praticar golpes, pois tinha passado na televisão e ele também era famoso naquela região.

Um belo dia, depois de passar por várias situações constrangedoras, um grupo de alunos resolveu se juntar para ofender a Melany, pois conheciam uma pessoa que tinha sido prejudicada pelo pai dela. Nesse momento, o Charles, aquele menino bonito do primeiro dia de aula, correu e a defendeu dos agressores. Ele era muito popular e querido na escola, então sabendo que ela estava protegida por ele, prometeram não mexer mais com ela lá dentro, mas disseram que se a vissem andando pela Colônia, ela não estaria protegida. Então, Charles passou a acompanhá-la todos os dias para ir e voltar da escola, e eles passavam bastante tempo conversando enquanto caminhavam entre os novos prédios da Colônia.

Um dia, Charles, que já estava muito apaixonado pela menina, resolveu convidá-la para tomar um sorvete na Praça da Cedae, que era um pouco mais distante dos prédios. Como ele precisava levar a avó para um atendimento no CAPS antes, combinou de encontrá-la direto no local. Melany aceitou o convite, muito animada e chegou na praça no horário combinado. No entanto, o menino teve um imprevisto: o tempo de espera do atendimento demorou mais do que o normal e ele não conseguiu chegar a tempo.

Enquanto esperava Charles, sozinha na Praça da Cedae, algumas pessoas do grupo que fazia bullying com Melany, viram a menina e resolveram se juntar para agredí-la. Eles chegaram a puxar o seu cabelo, mas ela conseguiu fugir. Chegou nos prédios muito nervosa e, quando entrou no apartamento, saiu no choro e convenceu a si mesmo que nunca mais sairia pela Colônia. Ela pensou que Charles tinha armado uma emboscada junto com os agressores.

Preocupada com a filha, a mãe conseguiu se mudar rapidamente, e Melany seguiu sua vida com mais tranquilidade, bem longe de lá. Charles não sabia o que tinha acontecido e nunca mais teve notícias de sua amiga. Isso deixou o menino muito angustiado.

Muitos anos se passaram e Melany voltou à Colônia Juliano Moreira para visitar o Museu Bispo do Rosário, que abria uma nova exposição. Depois da visita, resolveu lanchar na barraquinha que vendia o seu cachorro-quente preferido, bem pertinho dos prédios onde morava. Nesse momento, deu de cara com Charles.

O menino, que agora era um homem, não se aguentou de alegria e correu para abraçar a amiga. Conversaram longamente sobre o que tinha acontecido e Melany finalmente entendeu que ele não tinha nada a ver com a agressão que ela tinha sofrido. Marcaram de se encontrar muitas outras vezes e se apaixonaram novamente. No fim das contas, Melany conseguiu um emprego no museu, eles casaram e foram morar nos prédios da Colônia, que agora, só passou a trazer histórias de amor e felicidade.

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