Episódio 5 – Rua da Creche

TÍTULO:“O FANTASMA DA RUA DA CRECHE”

LOCAL: PRAÇA ADONAI
REALIZADORES: BERNARDO FERNANDES DE MORAES, MARCO AURÉLIO DOS SANTOS PADILHA JR, DIEGO MENDES DE ALMEIDA, RÔMULO DE OLIVEIRA CORREIA, RAYAN DA CONCEIÇÃO SANTOS, PAULO HENRIK RIBEIRO DE OLIVEIRA TURMA 1601

Um fantasma rondava a rua da creche. Durante o dia, a região é muito movimentada por causa da creche instalada no local, as crianças que brincam nas praças, as pessoas que frequentam a horta e as pessoas que passam por ali para ir trabalhar, fazer compras e etc. À noite, não. A região fica muito deserta.

Há mais de 100 anos, ali vivia um homem, um fazendeiro que plantava e cuidava de toda região. Após sua morte, ele seguiu muito apegado ao local.

De dia, nada de sobrenatural acontecia. Ele descansava seu espírito no interior de um espantalho que guardava a horta comunitária ali instalada, porém…

As noites no local eram muito assustadoras, pois esse espantalho ganhava vida, assustava eafugentavaqualquerdesavisadoquepassasseporlá.Apopulaçãoestavacom muito medo de percorrer esse caminho depois do pôr do sol. Diziam que, numa noite, uma pessoa foi deixar uma oferenda na encruzilhada do local quando ouviu bem próximo ao seu cangote a voz assustadora do espantalho fantasma:

-Devolva minha farinha, seu ladrãozinho!

O homem correu sem olhar para trás. Outra vez, um casal de namorados que escolheu um banco da praça para um encontro também foi vítima das grosserias do espantalho, que inclusive deu um tapa com sua mão de palha na cabeça do rapaz, os botando pra correr.

A população do entorno, apavorada com os relatos macabros, exigiu a destruição do espantalho. Acreditavam que ele estava possuído e que ninguém teria paz para passar por ali à noite enquanto ele existisse. A decisão de todos foi de tacar fogo no espantalho.

Depois disso todo mundo se sentiu um pouco aliviado porém… foi só o sol se pôr e o lugar ficar deserto para perceberem que a destruição do espantalho não adiantou de nada. Agora o fantasma de fazendeiro se apresentava como vulto e seguiu assustando geral que passava por ali.

Pior, a horta que antes era protegida pelo espantalho ficou completamente destruída por aves que antes eram espantadas. O que antes era um problema só, foi transformado em dois. A população se reuniu mais uma vez para tentar achar uma solução. Um corajoso sugeriu:

– Devemos convocar esse fantasma e conversar com ele a fim de resolvermos esse problemão!

Mas como fariam contato com o fantasma? Foram sugeridos jogo do copo, jogo do compasso, jogo das moedas… sem nenhum consenso. Até que, no meio da discussão, surgiu um tabuleiro de Ouija, um instrumento, que dizem ser eficaz para a comunicação com os espíritos.

Sessão organizada, o fantasma foi convocado. Durante a conversa, ele explicou quem ele era e que ele viveu no local há muitos anos, ele havia fundado uma fazenda ali e passou toda vida cuidando do lugar. Disse que o seu desejo era descansar e cuidar da região eternamente. Ao final da sessão ele se despediu de todos, que, de certa maneira, entenderam o lado dele.

A população deu a seguinte solução a fim de atender o desejo do fantasma e de todo o restante: Construíram uma estátua de corpo inteiro em homenagem ao fazendeiro fundador, esta foi instalada no meio da horta, cumprindo a função de espantalho. Em troca, o espírito agradecido pela homenagem, nunca mais assustou quem passava pelo local.

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